Decaimento Radioativo

DECAIMENTO RADIOATIVO:
  • INTRODUÇÃO

Em 1895, Roentgen descobriu um tipo de radiação que atravessava corpos opacos,
apesar de serem absorvidos em parte por eles. Esses raios têm a propriedade de excitar
substâncias fosforizantes ou fluorescentes, impressionam placas fotográficas e aumentam a
condutividade elétrica do ar que atravessam (ionização). Como eram de natureza
desconhecida, foram denominados Raios-X. Em 1896, Becquerel estabeleceu que sais de
Urânio emitem radiações análogas aos Raios-X e que impressionavam chapas fotográficas, o que já havia sido observado em 1867 por Saint Victor, sem que se pudesse tirar proveito dessa descoberta, dada a limitação do conhecimento científico então.

Outros elementos pesados, com massas próximas à do urânio, como o rádio e o
polônio, também tinham a mesma propriedade. O fenômeno foi denominado radioatividade e
os elementos que apresentavam essa propriedade foram chamados de elementos radioativos.
Comprovou-se que um núcleo muito energético, por ter excesso de partículas ou de
carga, tende a estabilizar-se, emitindo algumas partículas.






Cada elemento radioativo, seja natural ou obtido artificialmente, se transmuta (se
desintegra ou decai) a uma velocidade que lhe é característica. Para se acompanhar a duração
(ou a vida) de um elemento radioativo foi preciso estabelecer um parâmetro, dado pelo tempo
que leva para um elemento radioativo ter sua atividade reduzida à metade da atividade inicial.
Esse tempo foi denominado meia-vida do elemento.
Meia-vida, portanto, é o tempo necessário para a atividade de um elemento radioativo
ser reduzida à metade da atividade inicial.

  • PARTÍCULAS E ONDAS:

As radiações nucleares podem ser de dois tipos: a) partículas, possuindo massa, carga
elétrica e velocidade, esta dependente do valor de sua energia; b) ondas eletromagnéticas, que
não possuem massa e se propagam com a velocidade de 300.000 km/s, para qualquer valor de
sua energia. São da mesma natureza da luz e das ondas de rádio e TV.
  • RADIAÇÃO ALFA OU PARTÍCULA ALFA:
Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia é o da
emissão de um grupo de partículas positivas, constituídas por dois prótons e dois nêutrons, e
da energia a elas associada. São as radiações alfa ou partículas alfa, núcleos de hélio (He), um
gás chamado nobre por não reagir quimicamente com os demais elementos.

Exemplo:





  • RADIAÇÃO BETA OU PARTÍCULA BETA:
Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons em
relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um elétron, resultante da
conversão de um nêutron em um próton. É a partícula beta negativa ou, simplesmente,
partícula beta.
No caso de existir excesso de cargas positivas (prótons), é emitida uma partícula beta
positiva, chamada pósitron, resultante da conversão de um próton em um nêutron.
Portanto, a radiação beta é constituída de partículas emitidas por um núcleo, quando
da transformação de nêutrons em prótons (partículas beta) ou de prótons em nêutrons
(pósitrons).





Disponível em:<http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/radioatividade.pdf> Acesso em: 12 Ago. 2014, 19:53:34

Comentários

  1. Duvidas e curiosidades sobre decaimento radioativo? Veja o site: http://www.mundoeducacao.com/quimica/decaimento-radioativo.htm


    Um decaimento radioativo ocorre quando isótopos instáveis têm seus núcleos rompidos em razão da instabilidade atômica.

    Para entender por que um isótopo se desintegra é preciso nos atentar para o núcleo atômico. Sabe-se que o núcleo é carregado de partículas positivas (prótons), e que estas se encontram bem próximas umas das outras. É verdade também que partículas com cargas iguais se repelem. Portanto, a proximidade dos prótons faz com que passem a se repelir, na tentativa de tomar o maior espaço possível. Diante disso, o núcleo se rompe, por não conseguir comportar essas cargas repelentes.

    Todos os isótopos são instáveis? Não, apenas os elementos que possuem 84 prótons ou até menos. Nesse último caso, a instabilidade se dá devido à taxa nêutron/próton que é muito baixa, tornando o átomo instável.

    Vejamos um exemplo de desintegração nuclear:

    O isótopo Urânio (U– 238) é desintegrado quando seu núcleo se rompe. Na etapa inicial da reação é produzido Tório (Th-234), em seguida este também se desintegra produzindo Protactínio (Pa-234). A desintegração continua até completar 14 etapas e produzir o produto final: Chumbo (Pb-206). O Chumbo é estável e não se desintegra, o processo é então finalizado.
    Por Líria Alves
    Graduada em Química

    Disponível em:Acesso em 18 Ago. 2014,09:28:12

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