AS RADIAÇÕES E SEUS PROCESSOS
BRAQUITERAPIA:
Braquiterapia
é a colocação de fonte radioativa diretamente no tumor ou em área muito
próxima ao tumor. A palavra braqui vem do grego e significa perto ou em curta
distância. Durante a braquiterapia, fontes radioativas podem ser colocadas permanentemente
(braquiterapia com semente) ou temporariamente, dependendo do tipo de câncer.
Existem dois tipos
principais de braquiterapia: intracavitária e intersticial.
Na braquiterapia
intracavitária, a fonte radioativa é colocada em uma cavidade próxima à
localização do tumor, como na braquiterapia vaginal.
Na braquiterapia intersticial, as fontes radioativas são colocadas
diretamente no tecido, como na braquiterapia de próstata.
Estes procedimentos
algumas vezes precisam ser feitos sob anestesia, às vezes em hospitais e às
vezes é necessária a permanência do paciente no hospital. Pacientes com
implantes permanentes podem ser privados de algumas atividades ou contatos,
mas rapidamente podem voltar à vida normal. Implantes temporários são
deixados no pacientes por minutos, horas ou mesmo dias. Enquanto as fontes
radioativas estão dentro do paciente ele deve ficar em um quarto
semi-isolado.
Braquiterapia de Alta Taxa
de dose – HDR a envolve a colocação remota de uma fonte de radiação poderosa,
diretamente colocada pelo médico radio-oncologista no tumor através de um
tubo ou cateter. Geralmente é feita em várias sessões, uma ou duas vezes ao
dia e uma ou duas sessões por semana. O controle da radiação é feito do lado
de fora da sala de tratamento. O tratamento é rápido e demora cerca de 20 a
30 minutos. O paciente é liberado para casa depois de terminado o
procedimento.
Braquiterapia de baixa
taxa de dose – LDR a envolve uma permanência mais longa da fonte radioativa
dentro do paciente. Podem durar dias. A maioria dos pacientes sente algum
desconforto devido ao aplicador usado para manter as fontes de radiação
dentro do paciente. As sementes de próstata são o procedimento mais conhecido
desta forma de radioterapia.
Quando se faz implante
permanente, devem-se tomar alguns cuidados por alguns dias, como não ficar
muito tempo próximo a gestantes ou crianças. Por outro lado, os implantes
temporários não têm nenhuma restrição, pois são removidos logo que acaba o
tratamento.
Braquiterapia pode ser
usada sozinha ou em conjunto com radioterapia externa.
Disponível em: <http://www.cebrom.com.br/site/radioterapia-orientacoes-ao-paciente.php?sc=70>
Acesso em: 29 Jul. 2014,15: 35:24
[...]
Aplicadores:
São fontes radioativas de
emissão beta distribuídas numa superfície, cuja geometria depende do objetivo
do aplicador. Muito usado em aplicadores dermatológicos e oftalmológicos. O
princípio de operação é a aceleração do processo de cicatrização de tecidos
submetidos a cirurgias, evitando sangramentos e quelóides, de modo semelhante
a uma cauterização superficial. A atividade das fontes radioativas é baixa e
não oferece risco de acidente significativo sob o ponto de vista radiológico.
O importante é o controle do tempo de aplicação no tratamento, a manutenção
da sua integridade física e armazenamento adequado dos aplicadores.
Existem terapias
medicamentosas que contêm radioisótopos que são administrados ao paciente por
meio de ingestão ou injeção, com a garantia da sua deposição preferencial em
determinado órgão ou tecido do corpo humano. Por exemplo, isótopos de iodo
para o tratamento do cancro na tiróide.
Diagnóstico:
Radiografia:
A radiografia é uma imagem
obtida, por um feixe de raios X ou raios gama que atravessa a região de
estudo e interage com uma emulsão fotográfica ou tela fluorescente. Existe
uma grande variedade de tipos, tamanhos e técnicas radiográficas. As doses
absorvidas de radiação dependem do tipo de radiografia. Como existe a
acumulação da radiação ionizante não se devem tirar radiografias sem
necessidade e, principalmente, com equipamentos fora dos padrões de operação.
O risco de dano é maior para o operador, que executa rotineiramente muitas
radiografias por dia. Para evitar exposição desnecessária, deve-se ficar o
mais distante possível, no momento do disparo do feixe ou protegido por um
biombo com blindagem de chumbo.
Tomografia:
O princípio da tomografia
consiste em ligar um tubo de raios X a um filme radiográfico por um braço
rígido que gira ao redor de um determinado ponto, situado num plano paralelo
à película. Assim, durante a rotação do braço, produz-se a translação simultânea
do foco (alvo) e do filme. Obtêm-se imagens de planos de cortes sucessivos,
como se observássemos fatias seccionadas, por exemplo, do cérebro. Não
apresenta riscos de acidente, pois é operada por eletricidade, e o nível de
exposição à radiação é similar. Não se devem realizar exames tomográficos sem
necessidade, devido à acumulação de dose de radiação.
Mamografia:
Atualmente a mamografia é
um instrumento que auxilia na prevenção e na redução de mortes por câncer de
mama. Como o tecido da mama é difícil de ser examinado com o uso de radiação
penetrante, devido às pequenas diferenças de densidade e textura de seus
componentes como o tecido adiposo e fibroglandular, a mamografia possibilita
somente suspeitar e não diagnosticar um tumor maligno. O diagnóstico é
complementado pelo uso da biópsia e ultrassonografia. Com estas técnicas,
permite-se a detecção precoce em pacientes assintomáticas e imagens de melhor
definição em pacientes sintomáticas. A imagem é obtida com o uso de um feixe
de raios X de baixa energia, produzidos em tubos especiais, após a mama ser
comprimida entre duas placas. O risco associado à exposição à radiação é
mínimo, principalmente quando comparado com o benefício obtido.
O uso de marcadores é
comum. O marcador radioativo tem o objetivo de, como o nome mesmo diz marcar
moléculas de substâncias que se incorporam ou são metabolizadas pelo
organismo do homem, de uma planta ou animal. Por exemplo, o iodo-131 é usado
para seguir o comportamento do iodo -127, estável, no percurso de uma reação
química in vitro ou no organismo. Nestes exames, a irradiação da pessoa é
inevitável, mas deve-se ter em atenção para que esta seja a menor possível.
A minimização dos efeitos
da radiação nos trabalhadores inicia pela avaliação de
risco, o correto planejamento das atividades a serem desenvolvida,
utilização de instalações e de práticas corretas, de tal forma a diminuir a
magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a
probabilidade de exposições acidentais.
Os equipamentos de
proteção (EPC e EPI)
devem ser utilizados por todos os trabalhadores, além de ser observada a
otimização desta proteção pela elaboração e execução correta de projeto de
instalações laboratoriais, na escolha adequada dos equipamentos e na execução
correta dos procedimentos de trabalho.
Por outro lado o controle
das doses nos trabalhadores deve considerar três fatores:
1. Tempo:
A dose recebida é
proporcional ao tempo de exposição e à velocidade da dose D = t x velocidade
da dose
2. Distância:
A intensidade da radiação
decresce com o quadrado da distância D1/D2 = (d1/d2)2
3. Blindagem:
A espessura da blindagem
depende do tipo de radiação, da atividade da fonte e da velocidade de dose
aceitável após a blindagem. Para a proteção do trabalhador os comandos do
equipamentos devem ter blindagem, assegurando que o técnico possa ver e
manter o contacto com o paciente no decorrer do exame. As próprias salas
devem ter blindagem, por forma a assegurar e garantir a segurança radiológica
tanto do técnico como do pessoal circunvizinho à sala. Estas proteções devem
ter espessura suficiente para garantir a proteção contra a radiação primária
e a radiação difundida que pode atingir as paredes da sala.
No cálculo das blindagens
leva-se em conta:
* a energia da
radiação produzida;
* a quantidade
de radiação produzida por determinado período (carga de trabalho);
* grau de
ocupação ou freqüência do ponto de interesse;
* material a
ser usado como blindagem.
* Para a
blindagem de raios X e Gama usa-se geralmente o chumbo. Contudo outros
materiais podem ser utilizados embora a espessura necessária para se obter a
mesma atenuação que com o chumbo seja muito maior.
A garantia de que as
condições de trabalho são adequadas do ponto de vista da proteção pode ser
obtida através do levantamento radiométrico da instalação. Esta medida tem
por objetivo verificar se durante a operação, a instalação apresenta níveis
de segurança adequados aos trabalhadores.
I- Monitoramento:
Este processo tem como
objetivo garantir a menor exposição possível aos trabalhadores e garantir que
os limites de dose não são superados.
II- Tipos de Monitoramento:
* Pessoal -
procura estimar a dose recebida pelo trabalhador durante as suas atividades
envolvendo radiação ionizante. As doses equivalentes são determinadas pela
utilização de um ou vários dosímetros que devem ser usados na posição que
forneça uma medida representativa da exposição nas partes do corpo expostos à
radiação. No caso do trabalhador usar diferentes tipos de radiação então
diferentes tipos de dosímetros devem ser utilizados:
* Monitoramento
da radiação externa;
* Monitoramento
da contaminação interna
* De área - Tem
por objetivo a avaliação das condições de trabalho e verificar se há presença
radioativa. Os resultados das medidas efetuadas com os monitores da área
devem ser comparados com os limites primários ou derivados, a fim de se tomar
ações para garantir a proteção necessária.
Pessoal - procura estimar
a dose recebida pelo trabalhador durante as suas atividades envolvendo
radiação ionizante. As doses equivalentes são determinadas pela utilização de
um ou vários dosímetros que devem ser usados na posição que forneça uma
medida representativa da exposição nas partes do corpo expostos à radiação.
No caso do trabalhador usar diferentes tipos de radiação então diferentes
tipos de dosímetros devem ser utilizados:
* Monitoramento
da radiação externa;
* Monitoramento
da contaminação interna
* De área - Tem
por objetivo a avaliação das condições de trabalho e verificar se há presença
radioativa. Os resultados das medidas efetuadas com os monitores da área
devem ser comparados com os limites primários ou derivados, a fim de se tomar
ações para garantir a proteção necessária.
Referências Bibliográficas
Disponível
em:< http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/radiacao.html>
Acesso em: 29 Jul. 2014,15:14:12
Ramos, J. Radioatividade.
Acessado em 16.12.03. Disponível em: http://atomico.no.sapo.pt/index.html
Portela,
F.; Lichtenthäler Filho, R. Energia Nuclear. Acessado em 10.12.03. Disponível
em: http//www.nuclear2000.hpg.com.br
Alvarenga,
A. V. C. R. Radioatividade. Acessado em 10.12.03. Disponível em:
http://br.geocities.com/radioativa_br/
Cardoso,
Eliezer de Moura, Aplicações da Energia Nuclear- Apostila educativa, Comissão
Nacional de Energia Nuclear, 1999
Cardoso,
Eliezer de Moura, Radioatividade - Apostila educativa, Comissão Nacional de
Energia Nuclear, 1999
|
Comentários
Postar um comentário